A Vitamina D é uma vitamina lipossolúvel que apresenta ação hormonal. Sua ação mais conhecida é garantir a homeostase do metabolismo do cálcio e dos ossos, porém, suas atividades são descritas em todas as áreas do metabolismo humano.
Dados recentes mostram que manter a vitamina D (25OHD sérica) entre 30ng/ml e 50ng/ml reduz a mortalidade por todas as causas, sendo que sua toxicidade, mesmo sendo baixa, começa a ocorrer com níveis séricos superiores a 100ng/ml.
Em termos epidemiológicos, a deficiência de vitamina D (25OHD sérica < 30ng/ml) se espalha por todo território brasileiro, em diversas faixas etárias, tornando sua suplementação uma conduta imprescindível.
Vejamos abaixo algumas situações metabólicas onde a conduta da prescrição de vitamina D é indicada para:
1 – Tratamento da disbiose intestinal e de pacientes com doenças inflamatórias intestinais pois é estimulante da cicatrização da mucosa além de promover imunomodulação local.
2 – Garantir absorção intestinal de cálcio, prevenção e tratamento da osteomalácia, osteoporose e melhora da estrutura e estabilidade dos dentes.
3 – Redução da resistência à insulina, melhora do controle glicêmico e tratamento da diabetes tipo 1 e 2.
4 – O tratamento da endometriose, na Síndrome do Ovário Policístico e na função das adrenais, regulando o cortisol.
5 – Garantir o adequado desenvolvimento do feto bem como reduzir o risco de diabetes, obesidade, eclampsia e depressão pós-parto.
6 - Prevenção do câncer de tireoide, no tratamento de câncer de mama, na redução da progressão do tumor de próstata e outros tipos de câncer.
7 – Controlar a produção e renovação de neurônios e células neurais, bem como a formação dos diversos neurotransmissores, com melhora do foco e do humor. (dopamina, serotonina, acetilcolina, GABA).
8 – Melhorar a força muscular e performance física em idosos.
9 – Melhorar os sintomas de pacientes com doenças autoimunes e degenerativas como Esclerose Múltipla, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e Artrite Reumatoide.
10 – Reduzir a inflamação e regular a imunidade do paciente obeso e pós cirurgia bariátrica.
11- Aumentar a atividade de enzimas de detoxificação de xenobióticos.
Para as diversas situações metabólicas citadas, sempre que os níveis séricos de vitamina D estiverem entre 10 e 30ng/ml, especialistas sugerem que doses de até 10.000 UI/dia não acarretam risco e que as recomendações da suplementação de vitamina D podem seguir conforme descrito abaixo:
Faixa etária / Dose limite recomendada
Neonatos (até 1 mês de vida): 1.000 UI/dia.
Bebês e crianças entre 1 mês e 10 anos: 2.000 UI/dia.
Crianças e adolescentes entre 11 e 18 anos: 4.000 UI/dia.
Adultos e idosos: 4.000 UI/dia a 10.000UI/dia
Apesar das inúmeras referências indicando doses individualizadas e específicas conforme descrito acima, a prescrição de suplementação para nutricionistas no Brasil deve seguir a última resolução da ANVISA (Publicada no DOU no 144, de 27 de julho de 2018) que determina que a dose limite deve ser de 2.000UI/dia de vitamina D.
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